Já está comprovado cientificamente que o consumo de álcool durante a gestação e mesmo no período pré-concepcional pode causar sérios danos ao feto. Mesmo com os riscos, muitas mulheres abusam da bebida alcoólica durante a gravidez e colocam em risco a saúde e a vida do bebê.

Uma das políticas da Coordenação Nacional de Prevenção de Saúde da Federação Nacional das Apaes (Fenapaes) é a prevenção de deficiências, por isso a instituição reforça o apoio ao Dia Internacional de Alerta para os Transtornos do Espectro Alcoólico Fetal (TEAF), celebrado nesta sexta-feira – 09 de setembro.

O coordenador Nacional de Prevenção e Saúde da Fenapaes, Dr. Rui Pilotto, alerta para a gravidade do problema: A doença é considerada a principal causa evitável de déficit intelectual no mundo. O médico ressalta que, além de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, outros sintomas comumente encontrados nessas crianças são déficit de crescimento e alterações faciais.

Rui Pilotto destaca que o nível mínimo de álcool que resulta na síndrome fetal ainda não foi estabelecido. Para todos os efeitos, qualquer dose de bebida alcoólica durante a gestação ou no período pré-concepcional tem um efeito teratogênico, ou seja, é capaz de alterar o desenvolvimento de uma estrutura normal de uma criança. Ou seja, as mães que pretendem engravidar também devem deixar a bebida alcoólica.

Para o Coordenador Nacional, as Apaes de todo país podem contribuir levando informação para as famílias. O papel das Apaes seria de identificar dentro do movimento, quais são as crianças que tem esse diagnóstico da síndrome do alcoolismo fetal, e as professoras ou assistes sociais ou médicos, ter um contato com essas famílias e mostrar a eles, não em sinal de cobrança, mas ajudar essas famílias, porque as vezes eles podem querer ter uma outra gestação. Essas mulheres devem ser orientadas que devem parar de fazer uso de bebida antes e durante de uma próxima gestação'.